Fotografia explicada, ensinada, aprendida...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Masters Hasselblad

Vocês conhecem a Hasselblad? Espero que sim...rs
Caso não conheçam, é uma ótima hora para dar uma pesquisada no google. Vale a pena. Trata-se de uma fabricante sueca de Câmeras (hoje) Digitais de Médio formato. Imagine que uma câmera deles custa em torno de R$40.000! Normal... acostumem-se ;)

Acontece que todo ano esta mesma empresa divulga seus "Hasselblad Masters" no site - os mestres que usam Hasselblads! É uma ótima oportunidade para conhecer o trabalho de fotógrafos muito bons do mundo inteiro. Na lista de 2007, tínhamos o famoso Russell James e o francês Laurence Laborie, por exemplo.

Eis a lista de 2007 (dê uma sacada no portifólio da galera): http://www.hasselblad.es/noticias/the-new-hasselblad-masters-for-2007.aspx

Seguem algumas fotos de alguns desses Hasselblad Masters:















quinta-feira, 12 de agosto de 2010

HUMOR - Emprego Árduo: Massagista de modelos


Um pouquinho de Humor não faz mal à ninguém, não é mesmo?

Assistam o vídeo abaixo... rs

terça-feira, 6 de julho de 2010

Retoque Digital


Até onde podemos ir com o Retoque Digital? Sou um grande entusiasta do Photoshop - trabalho com ele há, pelo menos, 10 anos. Acredito muito em sua "mágica", mas sem exageros. Uma coisa que sempre ensino a meus alunos de Photoshop e Fotografia é que aqui se aplica a máxima "Menos é Mais"! Sempre leciono que devemos aprender a fotografar e a ser um fera em Photoshop para usar ao mínimo possível essa ferramenta.

Aprender para não usar? SIM!

O aprendizado em Photoshop para fotografia vem para corrigir mínimos erros, efetuar pequenos reparos (retoques) que não puderam ser feitos no momento em que se obteve o 'registro pela luz'.

Hoje, o Photoshop é uma das ferramentas básicas do workflow de um fotógrafo de Moda, Retrato, Beleza, Book, Gestantes, Arquitetura e outros. Conhecer bem esta ferramenta lhe permite saber com precisão quais possíveis limitações e erros cometidos no momento do registro que deverão ser corrigidos na pós produção (edição de imagens no programa escolhido). Dessa forma, como o fotógrafo não vai querer ficar passando mais algumas horas em frente ao micro, tratando no Photoshop, muitos problemas acabam sendo resolvidos na hora de fotografar pelo fotógrafo experiente no Photoshop, de modo que ele evite o posterior enfrentamento daquela imagem em programa de edição. Em outras palavras, o cara fica mais esperto na hora de fotografar, porque não vai querer ficar mais algumas 'horinhas' em frente ao PC, corrigindo erros cometidos.

- Então, se o cara for muito bom em Photoshop, não precisará usá-lo nunca?

- Sem exageros, por favor! O Photoshop não está aqui só para minimizar/eliminar os erros e/ou limitações do momento fotográfico. Também serve para eliminar distrações desnecessárias como alguns cravos, espinhas, leve olheira de noite sem dormir, uma 'levezinha' endireitada em um 'culotezinho', ...

- ...uma tatuagem?

- Talvez. É para Publicidade onde o produto é mais importante que a pessoa retratada?

- Não... a mulher é famosa e tem uma tatuagem característica que todos conhecem e vai sair na capa de uma revista.

- Pelo amor de Deus! Não tirem essa Tatuagem!!!!


terça-feira, 8 de junho de 2010

Web site JOÃO AMÉRICO FOTOGRAFIA


É isso aí, estou com o site lançado para exibir meu trabalho fotográfico.
Pouca coisa exibida ainda, tendo em vista os poucos trabalhos que já fiz pelo pouco tempo que me "lancei" (talvez "joguei" seria melhor) como fotógrafo para o mercado.

O que importa é que o site ainda está em fase de testes, mas já está rendendo elogios.
E o importante é agradar, não é mesmo?

Visitem e me digam o que acham: http://www.joaoamericofotografia.com/
Todas as críticas são bem-vindas, ok?!

Grande abraço,
João Américo

terça-feira, 23 de março de 2010

Vídeo Luz Invisível - Os retratos de Marcio Scavone

Maravilha de vídeo. O texto  que o acompanha fala sobre fotografia, na mais bela 'poesia' de Luiz Fernando Veríssimo. O trabalho retratado é do grande fotógrafo Márcio Scavone.
Deliciem-se
=)

Luz Invisível
Filme produzido com fotos de Marcio Scavone, publicadas em seu livro Luz Invisível, 2004.
Fotos: Marcio Scavone
Direção: Jarbas Agnelli
Texto: Luiz Fernando Veríssimo
Narração: Paulo Autran e Marcio Scavone

segunda-feira, 22 de março de 2010

Entrevista com Gui Paganini

Entrevista com o fotógrafo Gui Paganini, conduzida pela ERIKA, em seu programa Lava a Roupa

quinta-feira, 18 de março de 2010

Entenda a captura e processamento em RAW

Fonte: ADOBE Divulgação


Para que fotografar em RAW? Por quê? É melhor? Como?
Dessa vez, deixarei os especialistas explicarem.

Confiram o PDF no próprio site da ADOBE clicando aqui
Confiram uma matéria resumida, em português, da Revista Photoshop Creative clicando aqui

Se ainda tiverem dúvidas, mandem-me um e-mail ou mensagem. Comentem! Terei o maior prazer em responder...

quarta-feira, 17 de março de 2010

TOPs da Moda Nuas

Foto: Divulgação                                                                           


Tá, tô atrasado! Mas nunca é tarde para comentar...

Algumas das TOPs do mundo da moda fizeram um "editorial" para a revista Love. "Editorial" - entre aspas - porque, de fato é um editorial, mas choca por sua irreverência e audácia. Nele, as famosas Lara Stone, Jeneil Williams, Kristen McMenamy, Kate Moss, Naomi Campbell, Natalia Vodianova, Amber Valetta e Daria Werbowy aparecem nuas, com algum acessório de marca.

Alguns blogs, como o da Lilian Pacce, levantaram a polêmica: "editorial de moda ou 'Playboy' fashion"? Poderia ficar com as duas alternativas? he he...

O styling é assinado pela diretora da revista, Katie Grand, e as fotografias por Mert Alas & Marcus Piggot, com fortes referências ao trabalho de Helmut Newton na série “Big Nudes” e de Jeanloup Sieff.
A bem da verdade é que ficou de muito bom gosto, cumpre a função de editorial, valeu a pena!

Confiram as fotos: AQUI

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quanto cobrar pela minha FOTO?

Quanto cobrar por meus serviços fotográficos? Quanto devo cobrar pelo book que fiz de uma modelo? Quanto irei cobrar pelas fotos publicitária que fiz de um produto?

Esse tipo de dúvida permeia o meio fotográfico (assim como demais meios profissionais). O problema maior reside no fato de o serviço fotográfico constituir desempenho de trabalho artístico. Parece muito subjetivo, partido do ponto de vista da arte. Mas não o é se partirmos do ponto de vista dos custos e necessidades profissionais do fotógrafo.

Como assim?
Você não deve cobrar pensando no quanto aquilo te deu trabalho no dia da sessão de fotos. Assim seria mole e, baseado nesse ponto de partida, vemos muitos argumentos falhos como o "meu sobrinho poderia fazer isso com a Cybershot dele cobrando bem menos..."; coisas do tipo.

Para basear seu preço, o fotógrafo profissional deve levar em conta seus gastos com equipamentos e a depreciação dos mesmos; os gastos com livros, cursos e workshops; locação; deslocamento; hospedagem; riscos envolvidos (roubo, chuva, acidentes, etc); produção; experiência; equipe; planejamento; enfim, uma série de fatores, muito dos quais mensuráveis.

Entendam, FOTOGRAFIA NÃO É BARATO! Existe, além desses custos, sempre o custo de oportunidade (conceito da economia) envolvido no processo, desde a manifestação do interesse em se estudar a técnica e dedicar tempo a ela até o momento de entregar o material da prestação do serviço fotográfico. Você dedicou tempo e se abdicou de coisas que gostaria de fazer para ser bom naquilo. Para conseguir fazer o que seu cliente quer que seja feito.

A parte Teórica de como calcular isso eu deixo com o Geraldo Garcia, que em seu blog fez um excelente trabalho de levantar essa discussão nos auxiliando com ótimas informações:

Já para efetuar cálculos rápidos de preço de Licenciamento para uso de imagem de arquivo, passo outro link muito bom. É prático e rápido.Trata-se de um sistema de cálculo de preço para licenciamento de imagens de arquivo que foi desenvolvido tendo como referência os sistemas utilizados pelos maiores bancos de imagem do mundo (Getty, Corbis, Alamy, etc.).
É um sistema acessível livremente para todos os fotógrafos que permite um rápido cálculo do preço de uma imagem de arquivo, um método correto para chegar a um valor justo.

Bons trabalhos!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fotógrafo e Diretor de Arte desatentos - Contracapa do Brasília Em Dia

A Contracapa da Revista Brasília Em Dia veio com um anúncio de um shopping de Brasília. O tal Brasília Shopping é do grupo do Vice Governador do DF, o suspeito Paulo Octávio.

Pois é... não é só a imagem dele que anda ruim na praça não. O anúncio ao lado, feito pela Gabinete C, agência de publicidade daqui, peca em dois aspectos por parte do Diretor de Arte da agência e por um, por parte do Fotógrafo.

O Fotógrafo não foi atento: ao dirigir a modelo, deveria prestar atenação na mão da beldade. A posição da mão é um dos importantes aspectos que o fotógrafo deve dirigir, deve observar, deve corrigir.

No presente caso, a bela posicionou os dedos como em um aceno de "vai tomar..." naquele lugar.

Tal assunto, e sua importante relevância, é tratado em um livro muito bom, o qual farei apresentação melhor depois: "BOOK - Direção de Modelos para Fotógrafos", do Billy Pegram, editado no Brasil pela Editora PHOTOS (que está fazendo um belo trabalho de tradução de boas obras do ramo).

Os erros do Diretor de arte na agência de publicidade foi não perceber esse detalhe da mão e fazer um recorte malfeito do cabelo e no cotovelo (observem a deformidade do cotovelo com duas pontas) da moça ao aplicá-la ao fundo desejado. O recorte do cotovelo foi tosco. Não que o recorte de cabelo seja uma coisa fácil de se fazer; dá trabalho, mas vamos lá, né? Não é difícil também. Se quer fazer a fusão de imagens, aprenda afazê-la de forma satisfatória...

CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA AMPLIADA

Erra o fotógrafo, erra a agência, sofre o cliente. Bem feito! Isso é bom para que o mercado comece a se comportar de forma a valorizar melhor os fotógrafos e os diretores de arte, que muitas vezes são a ponta fraca onde estoura a bomba.



quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Entrevista do Bob Wolfenson em 2006 para o CCSP

Fonte: Clube de Criação de São Paulo
http://ccsp.com.br/entrevista/?id=20453

05/05/2006


Clubeonline: Como está dividida sua vida profissional, hoje?

Bob Wolfenson: Eu fotografo profissionalmente, não apenas para publicidade. Tenho uma carreira de fotógrafo artístico e faço também muitos editoriais de moda. Cuido de uma revista alternativa, chamada S/N (Sem Número), que trata de imagem, cultura e não tem periodicidade fixa. É como o Incrível Exército de Brancaleone: a gente junta uns gatos pingados pelo caminho faz um número, bate em retirada, e volta de novo quando há assunto, dinheiro e gente para ajudar a fazer. A gente vai e volta, vai e volta. Mas queremos arrumar meios para torná-la regular. Ultimamente, venho dirigindo filmes publicitários, também.

Clubeonline: Está gostando da experiência?

BW: Eu gosto de fazer comerciais, tudo tem dado muito certo e meu trabalho tem sido relativamente bem aceito. É uma área na qual o prestígio que tenho como fotógrafo não me garante sucesso. Mas meu trabalho de fotógrafo me ajuda, pois é quase a mesma coisa: numa área a imagem está parada e na outra há movimento, diálogos e música. Quando fotografo, eu penso no conceito, na escolha de casting, na locação, da mesma maneira que um diretor de cinema faz. A grande diferença é o momento da produção, a escala, o número de profissionais envolvidos. É outra turma e outra grandeza. Na fotografia tudo é mais silencioso, é um mundo mais fechado. Nas filmagens há mais festa e tem que se usar megafone, às vezes, ou rádios para comandar a equipe numerosa. Mas a atenção que se tem que ter no cinema, por ter muito dinheiro envolvido, e a tensão, me fascinam. É um desafio, embora eu não me sinta pressionado.

Clubeonline: Quando a direção de cena começou a fazer parte da sua vida profissional?

BW: Minha primeira oportunidade na direção de imagens surgiu quando eu fiz um editorial fotográfico para a Forum e eles quiseram também que eu fizesse um filme. Paralelamente a isso, eles entraram em contato com a Sentimental Filme, pois tinham um bom relacionamento com a produtora, e o cliente nos aproximou. Isso faz uns três anos. Dirigi o filme em parceria com o Pedro Becker e eu era um “prego” nessa história de direção. Não conhecia nada mesmo. Todo mundo me ajudou, a equipe foi bacana e eu gostei bastante do resultado. Depois disso, houve um hiato grande, voltei a ser fotógrafo, e um ano depois decidi levar essa coisa de direção de cena mais a sério.

Clubeonline: E a fotografia artística? Você já expôs seus trabalhos?

BW: Em 2004, fiz uma mostra grande no Museu de Arte Brasileira, da Faap, em São Paulo. Essa exposição se chamava “Anti-fachada - A encadernação do Oráculo” e trazia fotos de São Paulo. Era uma montagem, na qual a parte externa era a cidade, de uma forma muito particular, e dentro era uma espécie de diário pessoal. Eu transformei o público em privado e o privado em público.

Clubeonline: Tem alguma novidade nessa área?

BW: Tenho uma exposição programada para março de 2007, na Galeria André Milan. Mas ainda não tenho palpite do que farei. A pior coisa do mundo é você ser obrigado a ter uma idéia. É bom quando a idéia acontece. Eu prefiro ter um trabalho pronto para depois decidir preparar a exposição. Nesse trabalho específico terei que atuar de maneira diferente. Mas, por outro lado, os limites, muitas vezes, ajudam a criar soluções criativas. Quando se tem muito tempo para desenvolver algo, quando se está muito livre, as coisas podem não sair.

Clubeonline: No que exatamente a experiência de fotógrafo o ajuda no comando de um set de filmagem?

BW: O meu olhar de fotógrafo, o meu jeito de ver as coisas, o meu gosto, a forma de dirigir e a minha relação com as pessoas. Sem falar na minha idade, experiência e no tempo que eu fotografo. Isso tudo ajuda no set de filmagens de um comercial. E no artesanato, ou seja, na feitura de um filme, conto com o apoio da Sentimental, que me dá todo o suporte. Estou aprendendo cada vez mais.

Clubeonline: E tecnicamente? Você já se dobrou à fotografia digital ou tem um perfil mais purista?

BW: Não acho que a discussão entre o que é melhor, o analógico ou o digital, seja importante. Porque a fotografia é um veículo de idéias, assim como o cinema. Então, não interessa a forma como isso vai ser feito. Não sou daqueles caras que ficam cheirando negativo, curtindo as placas, não vejo a fotografia de uma forma orgânica. Vejo como algo conceitual, um veículo de idéias, mesmo. Eu não uso tanto o digital porque simplesmente sou "prego" nesse assunto (risos).

Clubeonline: Como assim?

BW: Passei 30 anos fazendo imagens em película, de repente, de dois anos pra cá, tive que começar a fotografar em digital. Os processos são diferentes, o ritual é outro. Antes, você fazia a imagem, mandava revelar e ficava esperando com aquele friozinho na barriga. Com o digital, você pára, olha, vê se ficou bom, apaga, e faz de novo.

Clubeonline: Quais são as maiores diferenças entre os dois formatos?

BW: No digital, na captação da imagem, os intervalos entre o escuro e o claro são mais visíveis. Não tem tanta perda, apesar da textura ser diferente, o que é lógico. Nas passagens do preto para o branco, o digital se aproxima mais do olho humano. O filme não dá conta do olho humano e você tem que enganar para chegar ao que seria o olhar humano. Muitas vezes, num set, as pessoas da equipe olham aquilo e dizem: “Nossa, que luz linda”. Eu digo: “Não leve isso em consideração. Isso não quer dizer nada, pois o filme não registra isso que as pessoas estão vendo. A película é burra e faz uma leitura plana e chapada do que a gente está vendo". Você tem que compensar com alguma luz na frente, ou fazendo um trabalho de pós-produção para arrumar isso. Mas se eu colocar uma imagem digital ao lado de uma em película, ninguém vai saber apontar as diferenças.

Clubeonline: Como começou a fotografar nu?

BW: Eu admirava os fotógrafos da Playboy, mas nunca persegui isso como um objetivo profissional. Achava os caras sortudos, pois viam as mulheres nuas (risos). Mas foi por um acaso que eu comecei a fazer nu. Fui convidado.

Clubeonline: E como anda essa atividade na sua vida?

BW: Em princípio, não faço mais ensaios de nu. Um pouco eu enjoei e também acho que já fiz o que era possível. Já fiz ensaios com a Maitê Proença, Vera Fischer, Ângela Vieira, Milla Christie, Alessandra Negrini e mais um monte. Era legal fazer, pois as coisas eram definidas diretamente com a modelo. Imagina um trabalho no qual a chefe fica pelada na sua frente (risos). Dava para arriscar bastante em termos conceituais e tecnicamente. Tudo podia e a cada passo você definia as coisas em conjunto, na hora, e dava para improvisar bastante. Quando você pode improvisar é bom, mas quando você tem que improvisar, por obrigação, é ruim. Participava até o final do processo, incluindo a edição e paginação das imagens. O último ensaio que eu fiz para a Playboy foi para a Regiane Alves.

Clubeonline: Por que parou de fazer ensaios para a Playboy?

BW: Quando mudou a direção da Playboy, nós entramos em um atrito. Tanto eu como o JR Duran paramos de fazer. A impressão que tenho é que a nova diretoria achava que eu e o Duran mandávamos na revista, que éramos os caciques e tínhamos todo o poder. De fato, nas minhas matérias quem manda sou eu. Eles começaram a impor diversas coisas nos ensaios. Se fosse publicidade, isso é perfeitamente normal e não teria problema. Essa foi a questão. A diretoria anterior acabou indo para a Sexy, que mudou o perfil e eu fiz lá as imagens da Ciça Guimarães.

Clubeonline: Quem são os diretores de filmes publicitários que mais chamam sua atenção?

BW: Gosto muito do trabalho do Pedro Becker (hoje na Margarida Flores e Filmes), do Maurício Guimarães e do Luciano Zuffo (os dois últimos da Sentimental Filme). O trabalho deles que me chama muito a atenção. Eu vejo muita publicidade e analiso o que está bom e ruim.

Clubeonline: Onde você busca inspiração para trabalhar?



BW: Tudo o que eu vejo, o que eu faço, os livros que leio, os filmes que assisto, as viagens, tudo isso acaba de alguma maneira influenciando no meu trabalho na publicidade. A minha vida é minha influência e procuro não trabalhar com muitas referências de outros profissionais, apesar de tê-las. Quando você coloca a câmera na frente do seu olho, de alguma maneira você está dando sua opinião a respeito do que está vendo. Essa opinião é carregada de toda a influência de sua vida.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Capa de Veja - Photoshop e Conhecimentos de Fotografia


Sempre falo para meus alunos de Photoshop que para a pessoa desenvolver suas habilidades nesse software tem que aprimorar sua linguagem visual. Não basta saber operar o programa, deve conhecer os conceitos básicos envolvidos no estudo da Fotografia. Ora, PHOTOshop veio da FOTOgrafia. Se o cara se propõe a fazer uma intervenção FOTOgráfica, subentende-se que ele tenha conhecimentos técnicos (pelo menos básicos) dessa área.


CAPA DE VEJA DE 13 de Janeiro de 2010 - Edição 2147
Errou quem teve uma boa ideia, porém uma má execução. Errou em um princípio básico de iluminação: a sombra.
O imagemaker, ao fazer a montagem de um Pen Drive aproximando-se da entrada USB na testa do jovem, não observou o sentido da iluminação (e, consequentemente, da sombra formada) na fotografia do rapaz e escolheu justamente o 50% errado! A sombra do pen drive na testa do cara poderia ser projetada deslocada para a esquerda ou para a direita: escolheu o lado errado. Que azarado... Nota-se que ele não fez uma leitura da diração da luz na fotografia e, na hora do chute, ainda chutou errdado!


LEITURA DA ILUMINAÇÃO
O imagemaker deveria ter observado a posição da luz no rosto do rapaz segundo indícios presentes na imagem. Facilmente observamos dois:
  • o brilho de luz na íris indica o reflexo de onde o flash estava situado (à direita do fotógrafo);
  • a sombra resultante no rosto do rapaz revela a direção da mesma.
Os olhos são a janela da alma. Revelam de tudo, inclusive a iluminação utilizada pelo fotógrafo. Muitas vezes podemos perceber toda a iluminação que o fotógrafo utilizou simplesmente observando os reflexos constantes na íris do fotografado. Façam o teste. É bem legal! Ao analisarmos o brilho no lado esquerdo da íris do fotografado (à direita do fotógrafo/observador), sabemos que a sombra será formada no lado oposto, na face direita do fotografado (à esquerda do fotógrafo/observador).

Já com relação à sombra, podemos sempre fazer uma leitura da iluminação utilizada na fotografia por meio da observação de como a sombra está projetada na cena fotografada. Se a sombra está à direita, as demais sombras devem permanecer também à direita, pois o foco de luz que projeta a sombra é o mesmo. Sendo assim, se estamos vendo a sombra sendo projetada na face direita do rosto do fotografado (assim como em seu olho e na testa sob o cabelo), as demais sombras (a do pen drive na testa, por exemplo) deverão respeitar essa regra física, sendo projetadas também à direita na face do fotografado.

Não é a primeira vez que vejo grosserias dessas sendo cometidas em capas de Veja e outras revistas. O bom de elas ocorrerem é que nós sempre aprendemos com elas, não é mesmo?



Clique na imagem para aumentar

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Capas da Playboy




- Cara, como será a arte da capa da revista esse mês?
- Não faço nem ideia. E o chefe está no meu cangote para eu resolver isso logo!
- Ah.. como foi a capa da Playboy desse mês nos EUA?
- Assim, ó!
- Mas é de natal... Como está na época de férias, praia, verão aqui no Brasil, vamos fazer essa ideia com um fundo de praia!
- Tcharan!


Acho que esse foi o diálogo na criação da capa de Playboy desse mês.
Observe a composição: modelo capa com seu biquini sendo puxado. Toque o papai noel pelo cachorro da praia. Faz uma montagem mais ou menos da foto feita em outra locação (provavelmente estúdio). E trabalho feito!

Sinceramente, não gostei! Não sei ao certo definir o que ficou tosco: o conceito, a montagem, o fundo quase irreal, se a sombra malfeita que entregou tudo. Sei que ficou meio toscona e isso não saiu da minha cabeça. Tanto não saiu que eu acabei descobrindo de onde veio a mazela: Capa da Playboy norte-americana do mês passado.

Pelo menos a deles ficou legal...

Feliz Dia do Fotógrafo! - 8 Janeiro



Hoje é dia do Fotógrafo.
Sou muito grato à LUZ. Sem ela, a nossa arte LITERALMENTE não existiria... (filosofia de doido hehauhaeuha).
Bons cliques!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Livro: O Novo Manual da Fotografia


Vamos começar bem!

Se você quiser aprender português, de quebra comprará um dicionário e uma gramática. Se você quer aprender sobre uma engenhoca, lerá o manual. Se quiser se orientar sobre geografia, irá atrás de um atlas. Se quiser entrar no mundo da fotografia. COMPRARÁ ESSE LIVRO!


Ele é a base de tudo e tem de tudo em fotografia. De forma abrangente, explica os principais aspectos e conceitos ligados à ela. É um livro técnico que aborda desde a escolha da câmera, objetivas e demais equipamentos até a focalização, profundidade de campo, aberturas, velocidade de obturador, iluminação, composição, natureza-morta, retratos e pessoas, animais, esportes, estúdio, imagem digital etc.

O livro técnico “ O NOVO MANUAL DE FOTOGRAFIA, autor JOHN HEDGECOE, Editora Senac” é um livro para quem não sabe, aprender, e, para quem sabe, aperfeiçoar e consultar. Sempre que alguém me pergunta sobre algum livro de fotografia eu o indico como um livro para se ter. Sempre muito bom para consultar e renovar os conhecimentos. Antecipo: são muitas páginas! he he

Depois você descobre o que realmente gosta em fotografia e se especializará com o aprendizado em outros livros mais específicos.


O Google Livros liberou altas partes do livro. Basta clicar no link abaixo para conferir: